terça-feira, 10 de dezembro de 2019

MUSICOTERAPIA SOCIAL NA PERSPECTIVA DA INTERPROFISSIONALIDADE E INTERSETORIALIDADE EM SAÚDE COLETIVA

MUSICOTERAPIA  SOCIAL NA PERSPECTIVA DA INTERPROFISSIONALIDADE  E  INTERSETORIALIDADE   EM SAÚDE COLETIVA

Dra. Sandra Rocha do Nascimento.
José Gomes Fernandes Morais.
Rafael Mendonça Barros.
 2019
                                                                       
Resumo
Uma ação de Musicoterapia Social em espaço público e com diferenciados sujeitos sociais, apresenta múltiplos elementos (des)favoráveis à execução. Evidenciamos aspectos da intersetorialdade e interprofissionalidade numa intervenção psicossocial, consolidando parcerias entre o Consultório na Rua/Secretaria Municipal de Saúde/Aparecida de Goiânia/Goiás/Brasil e o Laboratório Interdisciplinar de Educação em Saúde Comunitária/LABORINTER/UFG/Brasil.

Descrição da apresentação
O Consultório na Rua (CR)/Brasil, no ano de 2018 propôs a realização de um evento público à comemoração do seu sétimo ano de atividade, com o propósito de mostrar as ações e diminuir as resistências sociais junto aos sujeitos moradores em situação de rua. A equipe executora, contendo musicoterapeutas, convidou o Laboratório Interdisciplinar de Educação em Saúde Comunitária (LABORINTER/UFG/Brasil) para colaborar na ação direcionada a inclusão daqueles sujeitos, sob diversas formas de interação com a comunidade local.
O LABORINTER, desde o ano de 2006, com intervenções comunitárias de prevenção de vulnerabilidades e promoção da saúde em contextos educacionais e em contextos  sociais ampliados, configura-se como um espaço de acolhimento de demandas sociais, treinamento de equipes e planejamento de intervenções musicoterapêuticas, geração de recursos e conhecimentos científicos. Soma-se a sua operacionalização, a efetivação de parcerias com diversos setores e serviços públicos e privados, e a presença de acadêmicos da UFG de diferentes áreas do conhecimento.
A ação em 2018 congregou diferentes atores: profissionais dos setores de atenção a saúde e da educação e de diferentes áreas; representantes da gestão em saúde; comerciantes e população local; representantes de outras comunidades; pessoas com transtorno mental; e moradores em situação de rua. Nesta, todos os atores foram incluidos em experiências musicais musicoterapêuticas sob diversas formas expressivas, na qual novos sentidos subjetivos foram construídos nos sujeitos participantes.
Segundo Rey(2011), “toda experiência toma sentido subjetivo a partir de seus efeitos colaterais sobre uma pessoa ou um grupo, efeitos esses que não estão na experiência, mas naquilo que a pessoa ou o grupo produz no processo de viver essa experiência, a que se organiza nas configurações subjetivas específicas que emergem nesse processo”(p.31).
A parceria efetivada pelo LABORINTER e o CR, agregou à sua constituição a  perspectiva da intersetorialidade e da interprofissionalidade (WHO/OMS, 2010), fortalecendo o pensamento sistêmico e em rede.
“A educação interprofissional ocorre quando estudantes de duas ou mais profissões aprendem sobre os outros, com os outros e entre si /…/ é um passo importante da força de trabalho de saúde “colaborativa preparada para a prática”, para que esteja mais bem preparada para responder às necessidades de saúde locais”(WHO/OMS, p.7).
Sendo assim, as práticas colaborativas entre o LABORINTER e seus parceiros sociais, favorecem a co-construção de redes de apoio psicossocial através das diferenciadas propostas de Musicoterapia Social.

Referências:
REY, Fernando González (2011). Subjetividade e saúde: superando a clínica da patologia.  São Paulo: Cortez. (Coleção construindo o compromisso social da psicologia/ coord. Ana Mercês Bahia Bock)
WHO/ OMS (2010). Marco para Ação em Educação Interprofissional e Prática Colaborativa. http://www.who.int/hrh/nursing_midwifery/en/. acesso em 14/9/2018.


Dra. Sandra Rocha do Nascimento
Doutora em Educação, Universidade Federal de Goiás. Brasil.
Bacharel e Licenciada em Música e Especialista em Musicoterapia/UFG/Brasil.
Docente do Curso de Bacharelado em  Musicoterapia/UFG/Brasil.
Coordenadora do LABORINTER/UFG/Brasil. srochadonascimento@gmail.com

José Gomes Fernandes Morais
Bacharel em Musicoterapia,  Universidade Federal de Goiás.Brasil.
Musicoterapeuta na Coordenação de Saúde Mental em Aparecida de Goiânia/Goiás.Brasil.

Rafael Mendonça Barros
Bacharel em Musicoterapia,  Universidade Federal de Goiás.Brasil.
Musicoterapeuta na área da Saúde Mental e Habilitação e Reabilitação Neurológica.

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