terça-feira, 30 de junho de 2015

NOVAS AÇÕES DO PROJETO VIDA ATIVA: co-construindo uma VIDA ATIVA SAUDÁVEL


No ultimo dia 16 de junho de 2015, a equipe do Programa de Extensão EMAC-06 realizou uma oficina macro na Estância Sta Cecilia/ Setor Chácaras São Pedro em Aparecida de Goiânia-Goiás (residência da Profa Dra. Sandra Rocha), congregando as idosas do Projeto Vida Ativa, seus familiares, convidados da comunidade local e de outros grupos de idosos da BSGI.
Foram diversas atividades de promoção da saúde, fundamentadas nas perspectivas sistêmica e da complexidade.
Nas diversas fotos (abaixo) é possível verificarmos o alcance que as atividades favoreceram junto aos participantes, tanto pessoas da comunidade quanto os acadêmicos da extensão (EQUIPE INTERDISCIPLINAR : Musicoterapia, Artes Cênicas, Pedagogia, Ciências Sociais, Odontologia, Direção de Arte).
Foram desenvolvidas atividades como:

 -Tenda 1: ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E IMPORTÂNCIA DE PRODUZIR OS PRÓPRIOS ALIMENTOS: cuidando do corpo e do tempo livre (ANA CAROLINA e RICARDO);

-Tenda 2: CORREIO DA AMIZADE. Diversos envelopes e papéis para a escrita da carta, bem como figuras para colagem, em que as idosas foram incentivadas a escrever um bilhete para uma amiga que foi entregue depois, no momento final da ação (HELLEM E MARCELA);




 - Tenda 5: SAÚDE BUCAL PARA UM SORRISO LEGAL. buscando a discussão, o diálogo e o aprendizado sobre saúde oral, orientados na didática da “Pirâmide Odontológica”(BRUNNO e LUCAS).

-Tenda 6: Roda de ritmos saúdaveis (GUSTAVO, PRISCILA BASILIA e DANIEL);


-Tenda 3: CORAÇÃO SAUDÁVEL. De quais sentimentos estou me alimentando e quais sentimentos “devemos” nos alimentar para sentirmos fortalecidos e felizes diante dos nossos enfrentamentos no cotidiano. (JORDANNA e POLLYANE);


-Tenda 4: CONTE AQUI SUA HISTÓRIA. Conhecer sobre as histórias das pessoas presentes e de suas famílias, através de uma “História Coletiva de co-construção” , onde as pessoas contarão suas histórias, pregando imagens e palavras, escrevendo seus nomes e no final se tornará uma historia "complexa". (PRISCILA RAQUEL, LETICIA);


-Tenda 7: CENAS COTIDIANAS SAUDÁVEIS. Cena cômica de diálogo entre dois personagens caipiras, aproveitando o tema da festa junina, na qual os dois discutem sobre hábitos saudáveis e prejudiciais a saúde (TUAN e BRENDOW).

Entre cada momento vivido em cada tenda, um Jingle Preventivo era tocado para movimentar os participantes para outras tendas.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Trabalhos aprovados no 11o Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva Universidade Federal de Goiás - GOIÂNIA/GO 27 de julho a 01 de agosto de 2015

https://saudecoletiva1.websiteseguro.com/imagens/lg_saudecoletiva2015.png



A atuação da Musicoterapia na educação encontra-se em expansão na Universidade Federal de Goiás, principalmente nas atividades extensionistas do PROGRAMA EMAC-06.
Para socializar os resultados obtidos através das ações, foram submetidos e aprovados dois trabalhos desenvolvidos no ano de 2014, que serão apresentados em comunicações orais no evento da ABRASCO.
Socializamos aqui para ampliarmos nossas possibilidades de desenvolver ações musicoterapêuticas comunitárias e favorecer momentos saudáveis em diversos contextos e públicos.
Como ação diferencial, apresentamos também a atuação da Musicoterapia numa disciplina do Mestrado Profissional de Saúde Coletiva, ampliando a atuação na perspectiva da promoção da saúde e na prevenção de adoecimentos.
A participação no evento da ABRASCO configura-se, assim, como um novo espaço-tempo de encontro com novos interlocutores, expandindo os diálogos entre a Musicoterapia e a Saúde Coletiva.


Trabalho no 3437

DIZ AI ! VAMOS CONVERSAR... ESCUTANDO VULNERABILIDADES AO USO DE DROGAS ATRAVÉS DE JINGLES PREVENTIVOS.

AUTORES:
Nascimento, Sandra Rocha do. (docente. EMAC/UFG. srochakanda@gmail.com)
Pellizzari, Patricia C. (docente. Universidad del Salvador/ ICCMUS/Argentina. patripellizzari@yahoo.com.ar)
Valentin, Fernanda. (docente. EMAC/UFG. mtfernandavalentin@gmail.com)
Barros, Rafael Mendonça. (Musicoterapeuta. Autônomo. rafaelcs_1@hotmail.com)
Marques, Junia Danielle. (Musicoterapeuta. Autônomo. mtjuniamarques@gmail.com)
Paula, Karylla Amandla de Assis. (Musicoterapeuta. Autônomo. karyllaamandlamt@gmail.com)
Caixeta, Camila Cardoso. (docente. FEN/UFG. camilaccaixeta@uol.com.br)

PERÍODO DE REALIZAÇÃO:
Mês de agosto de 2014, no campus universitário da Universidade Federal de Goiás, Goiânia-Goiás.
OBJETO DA EXPERIÊNCIA
A experiência foi realizada junto a comunidade universitária, entre discentes, docentes, técnicos administrativos e comunidade circunvizinha da UFG.
OBJETIVOS
A experiência musicoterapêutica –Jingle Preventivo Itinerante- teve como objetivo mobilizar a comunidade universitária para refletir, expressar­se e discutir sobre o espaço comunitário e o uso de drogas, pensando em como promover uma universidade saudável e com qualidade de vida para todos.
METODOLOGIA:
A atividade integrou a ação extensionista DIZ AI! VAMOS CONVERSAR SOBRE O BOSQUE?. O Jingle Preventivo Itinerante foi executado por três equipes de musicoterapeutas, que circularam pelos espaços do campus da universidade com instrumentos musicais e a canção, convocando as pessoas à participação através do canto, do tocar, dialogar sobre o tema e se expressarem em painéis ou urnas dispostas pelo campus.O jingle também foi veiculado por meio de carro de som que circulava pelos espaços.
RESULTADOS
No inicio, os contatos das pessoas se mostraram com pouca espontaneidade e olhares distantes de curiosidade. Com abordagem direta dos musicoterapeutas, aumentou a adesão para a escuta do jingle, tocar nos instrumentos e expressar ideias em grupo, culminando com maior registro nas urnas ou nos painéis. Junto aos universitários usuários, verificamos permitirem a aproximação, deixarem de fazer uso de drogas (maconha) no momento de interagir e aderem na atividade se expressando sem resistências.
ANÁLISE CRÍTICA
Partindo da premissa que "cada persona precisa expresarse y ser escuchada" (PELLIZZARI, 2011, p. 49), compreendemos que o jingle preventivo possibilitou a diluição de resistências interpessoais, permitindo o contato com o diferente (pessoas, canção, instrumentos), favorecendo aproximações, trocas de olhares, sorrisos, diálogos, informações, e ampliando a motivação para a expressão. Consideramos que todas as formas de "reação" ao jingle falam da subjetividade dos sujeitos.
CONCLUSÕES E/OU RECOMENDAÇÕES
A ação mobilizou reflexões por meio de uma forma criativa e acolhedora da diversidade de significados, em oposição as formas questionadoras, proibicionistas, abstratas ou absolutas sobre o tema do uso de drogas. O jingle despertou a atenção das pessoas para a ação DIZ AI!, convocando­-as intra e interrelacionamente à expressão e avançando para uma autonomia menos individualista e mais relacional e co­responsabilização entre todos.

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Trabalho no 3609

A MUSICOTERAPIA DIMINUINDO FRONTEIRAS ENTRE PESSOAS, LINGUAS, CULTURAS, SENTIMENTOS NO ACOLHIMENTO INTEGRATIVO NA UFG.

AUTORES:
Nascimento, Sandra Rocha do. (docente. EMAC/UFG. srochakanda@gmail.com)
Morais, José Gomes de. (graduando. EMAC/UFG. jogofefamojkl@hotmail.com)

PERÍODO DE REALIZAÇÃO
Ação da Coordenadoria de Assuntos Internacionais, em 03/março/2015, na Faculdade de Letras/UFG.
OBJETO DA EXPERIÊNCIA
Estudantes intercambistas de outros países, pelos Programa Ciência Sem Fronteiras e Graduação Sanduiche, e membros da CAI e da Reitoria da UFG.
OBJETIVOS
Traçamos como objetivo favorecer um espaço-tempo de acolhimento e mobilização de sentimentos de pertencimento, colaboração e responsabilidade relacional nos participantes. Ampliar a compreensão e percepção das pessoas para a mensagem de união entre as pessoas e respeito a diversidade cultural.
METODOLOGIA
Convidados para uma atividade de acolhimento integrativo, os musicoterapeutas utilizaram a experiência de re-criação musical, com letra adaptada (parodia) de um trecho adaptado da canção "Comunhão da Terra"(Marcia Sirqueira), um instrumento musical regional (acordeon) e um tambor xamânico. Enfocou a  atitude de união como habilidade para viver saudavelmente, em que no final do refrão da canção adaptada cada intercambista falasse seu nome e seu lugar de origem.
RESULTADOS
A ação estimulou a interação das pessoas, fazendo-os ouvir a canção e trazerem suas vozes, movimentando-se interna e externamente, possibilitando que todos ampliassem suas expressões. Favoreceu que se percebessem presentes, fazendo parte de um coletivo, uma comunidade e se sentindo confiantes. Nos feedbacks ouvimos:“Realmente não só quebrou o gelo, como também mostrou a riqueza do Brasil, de nossa bela informalidade e arte, capaz de curar todas as dores, até mesmo a dor da saudade do viajante”.
ANÁLISE CRÍTICA
Sustentamo-nos na perspectiva posta por Pellizzari e musicoterapeutas colaboradores da ICCMUS/Argentina, afirmando que "cada persona precisa expresarse y ser escuchada" (PELLIZZARI, 2011, p. 49). Para Bert Helling, PERTENCER é a primeira necessidade de todo Ser Humano, é a primeira 'Ordem do Amor'. Sentirmo-nos pertencendo configura-se como um fator curador e mantenedor da saúde biopsicosocioafetiva, diluindo conflitos interpessoais e emaranhamentos intrapessoais. 
CONCLUSÕES E/OU RECOMENDAÇÕES
Acolhendo de forma significativa as pessoas estrangeiras, para que sintam pertencendo ao contexto, aproxima-as qualitativamente das pessoas e costumes diferentes. PERTENCER através de uma experiência criativa como a música (mesmo com ritmos, melodias, harmonias, instrumentos e gestos não conhecidos), agrega uma diferença positiva aos encontros, ampliando a subjetividade e o potencial criativo à resolução de problemas de todos os envolvidos.

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UMA EXPERIÊNCIA DE HUMANIZAÇÃO EM SAÚDE NA FORMAÇÃO INTEGRALIZADA DO PROFISSIONAL


AUTORES:
Silveira, Nusa de Almeida. (docente vinculada ao ICB/UFG e ao Programa de Mestrado em Saúde Coletiva. nusa@ufg.br)
Nascimento, Sandra Rocha do. (docente vinculada a EMAC/UFG. srochakanda@gmail.com)

PERÍODO DE REALIZAÇÃO:
meses de novembro e dezembro de 2013, na Universidade Federal de Goiás, Goiânia-GO.
OBJETO DA EXPERIÊNCIA
A experiência contou com alunos da 4ª turma do Programa de Mestrado Profissional em Saúde Coletiva/NESC/UFG e duas professoras doutoras.
OBJETIVOS
A disciplina objetivou capacitar os alunos à percepção da integralidade das dimensões intra e interpessoais constitutivas dos sujeitos e compreender a perspectiva integral e sistêmica no cuidado ao outro, em saúde, e proporcionar experiências musicoterapêuticas de autoconhecimento.
METODOLOGIA:
As aulas iniciavam com experiências musicoterapêuticas para acolhimento e mobilização dos alunos, seguidas da reflexão dialogada dos conteúdos e feedbacks autoperceptivos. Para a avaliação utilizou-se de seminários sobre os temas e textos dados: Humanização da gestão e atenção em saúde; A escuta sensível na atenção e cuidado em saúde; Autopercepção e percepção do outro; Perspectiva integradora e sistêmica em Educação e Saúde; Espiritualidade como instrumento de Humanização do trabalho em Saúde.
RESULTADOS
As expressões dos alunos no início centravam-se em relatos de dificuldades e problemas, suscitando atitudes de inibição do diálogo, exclusão do diferente ou fuga de situações de conflito. Com o seguimento das atividades, a percepção e reflexão direcionada ao outro e a si mesmo ampliaram, gerando abertura para trocas e indagações sobre mudanças. Nos seminários, muitos discursos apresentaram a noção da co-autoria de resoluções de conflito priorizando a reflexão dialogada entre opiniões distintas.
ANÁLISE CRÍTICA
Verificamos que os alunos ampliaram suas auto-reflexões sobre o campo da saúde, numa interlocução entre os textos, suas experiências pessoais em aula e nos campos profissionais, desenvolvendo a capacidade de “saber pensar”(DEMO, 2011), na qual a reflexão sobre as próprias ações é condição primeira para indagar novas compreensões sobre o já conhecido, fazendo emergir o “saber cuidar”(op.cit.), que traz a noção de conviver junto com e tornar-se parte da realidade em que nos encontramos inseridos.
CONCLUSÕES E/OU RECOMENDAÇÕES

A experiência evidenciou a importância de centrar-se na perspectiva de integração intra e interpessoais, colocando os sujeitos para se perceberem como Seres Históricos construtores de ações transformadoras, como bem expresso no discurso de uma aluna: “é um momento essencialmente nosso, onde temos a chance de refletirmos sobre os nossos comportamentos, o que eles provocam e que conhecimentos estamos adquirindo, armazenando e trocando com as pessoas”.