quarta-feira, 4 de março de 2015

ACOLHIMENTO INTEGRATIVO NA UFG : a Musicoterapia diminuindo fronteiras entre pessoas, linguas, culturas, sentimentos ....

    Evento realizado pela CAI/UFG em 03 de março de 2015, no auditorio da Faculdade de Letras/UFG, com uma atividade de acolhimento integrativo para os estudantes intercambistas que vieram de outros paises  para a UFG no primeiro semestre de 2015. 
    A Coordenadoria de Assuntos Internacionais (Cai) tem por principio " apoiar e incentivar ações e interações internacionais que visem melhoria da qualidade do ensino, avanço da pesquisa, geração de conhecimento e interação das sociedades, numa ótica em que seja respeitada a diversidade cultural existente" .


    O acolhimento proporcionado pela Musicoterapia, através da Prof Dra Sandra Rocha e do acadêmico José Gomes, do Curso de Musicoterapia da EMAC/UFG, foi realizado atravéz de um trecho adaptado da canção "Comunhão da terra"(Marcia Sirqueira), uma ciranda, que favorecesse a atenção de todos para a mensagem de união entre as pessoas. A adaptação enfocou a  atitude de união como habilidade para viver saudavelmente, solicitando que ao final do refrão cada um falasse seu nome e o lugar de onde veio, como mostramos abaixo:


  "É tempo de um mundo sem fronteiras, da união ser a maneira de viver saudavelmente.
Por isso eu quero conhecer seu nome e de onde você veio quero muito te escutar". 




 






https://www.facebook.com/profile.php?id=100000830820214


             A atividade faz parte das ações do Laboratório Interdisciplinar de Educação em Saúde Comunitária, um programa de extensão, com financiamento do PROEXT/MEC/SESu, via editais desde 2013.
             O Laboratório Interdisciplinar de Educação em Saúde Comunitária -LABINTER EDUCARSAUDE.COM- configura-se como o locus de capacitação, intervenções e pesquisas sobre Educação em Saúde Comunitária, tendo como foco os sujeitos das escolas da rede pública e filantrópicas do Estado de Goiás, à ampliação de atitudes de promoção da saúde na comunidade intra e extraescolar.         Intentamos, com a reedição do programa ampliar as ações extensionistas na escola, avançando em duas perspectivas: agir interinstitucional e comunitariamente e avaliar continuamente as ações do programa.         Desta forma, como processo metodológico, atuando com uma sequência de ações organizadas em diversas etapas que se complementam, agregamos, nesta proposta, dois fatores importantes: a presença de sujeitos da comunidade extra escola (dos seus entornos e instituições que busquem a educação como local para a execução de suas atividades) em ações de levantamento de dados pré e pós intervenções e na implementação das atividades; e a utilização de procedimentos avaliativos sobre as ações, recursos didáticos, capacitações, projetos, entre outros, ao finalizar cada intervenção executada, gerando indicadores qualiquantitativos sobre a efetividade e alcance das ações extensionistas.        Como resultados intentamos identificar os fatores que fortalecem e fragilizam os ambientes educativos, quer em seu interior como no seu entorno, bem como extrair indicadores de avaliação das ações extensionistas. Consideramos que a proposta busca atingir as etapas fundamentais na gestão de propostas sociais e comunitárias preventivas e de promoção da saúde, tendo como meta ampliar os fatores protetivos e de orientação aos sujeitos das escolas para que otimizem suas escolhas à manutenção da saúde. 
          Em 2014, junto a UFG iniciamos com intervenções breves  para a comunidade acadêmica da UFG, promovendo dispositivo técnico expressivo (ICMUS/AR) que mobilizasse as pessoas à expressão genuina sobre temáticas elencadas e relacionadas a um contexto de convivência. Numa ação interdisciplinar, interinstitucional e interdepartamental, denominada VAMOS CONVERSAR SOBRE O BOSQUE? DIZ AI !, participamos com um JINGLE PREVENTIVO e com ações de aproximação e escuta ativa, tendo a música como mediadora dos contatos. 
Veja os lincks: https://plus.google.com/photos/100001553920413164215/albums/6049351108982691393e  http://jornalufgonline.ufg.br/n/73934-vamos-conversar-sobre-o-bosque.

    Na ação junto a CAI/UFG, no ultimo dia 03/03/15, traçamos como objetivo favorecer um espaço-tempo de acolhimento e mobilizador de sentimentos de pertencimento e colaboração nos participantes. 
    Utilizamos a experiência de re-criação musical com letra adaptada (parodia) e uso de um instrumento musical melódico-harmônico regional (acordeon) e um tambor xamânico.No fechamento do evento, a música original foi resgatada através de video, possibilitando que todos os participantes ampliassem suas expressões.
   Sustentamo-nos na perspectiva posta por Pellizzari e colaboradores da ICMUS/Argentina, afirmando que "cada persona precisa expresarse y ser escuchada" (PELLIZZARI, 2011, p. 49).
    
    Interagir com os alunos intercambistas, fazendo-os ouvir a canção para depois expressarem suas vozes, movimentando-se interna e externamente, favoreceu que se percebessem presentes e fazendo parte de um coletivo, uma comunidade.
    Nos feedbacks de representantes da CAI/UFG ouvimos:  


A atividade conduzida pela senhora e pelo José contribuiu muito para o sucesso do evento. Proporcionou interação  e descontração entre todos. Nosso interesse é poder contar com a senhora em outras edições". 
Cara colega. Não tenho como expressar a alegria que a intervenção sua e de sua brilhante equipe me causou. Realmente não só quebrou o gelo, como também mostrou a riqueza do Brasil, de nossa bela informalidade e arte, capaz de curar todas as dores, até mesmo a dor da saudade do viajante.  Realmente espero podermos continuar em parceria com os estudantes PEC-G, bem como podemos pensar atividades de acolhimento aos estudantes cotistas, outra atividade implantada pela Prograd neste ano de adesão ao sistema ENEM-Sisu. Infelizmente, realizamos a acolhida dos cotistas antes de conhecê-la, mas creio que, não sendo-lhe incômodo (o que sinto que não será), poderemos estar juntos no próximo acolhimento, assim como em muitas outras atividades. Agradeço a participação e exemplo para todos nós".




    A Musicoterapia, acolhendo de forma significativa as pessoas que vem de fora para que se sentissem pertencendo ao contexto local, se aproximando de pessoas e costumes diferentes e sendo acolhidas com cuidado e atenção, sentiram-se confiantes para se expressarem espontaneamente, como mostram as fotos. 

"La actividad expresiva ablanda resistencias y rigideces, desanuda los conflitos y simboliza el malestar. En su despliegue permite al sujeto/grupo/comunidad re­posicionarse y ubicarse en un lugar diferente respecto del sentimento original" (PELLIZZARI, 2011, p.50).

   Como desdobramento da ação, intentamos que efetivem cada vez mais  auxilio quando necessitarem, saindo do isolamento ou inibição frente ao novo e contribuindo com suas experiências e saberes diferenciados em  trocas interculturais significativas. 
    O Laboratório de Musicoterapia (EMAC/UFG), como clinica-escola, coloca seus serviços a disposição da CAI para o atendimento de grupos de intercambistas que manifestem problemáticas de adaptação.


    Para Bert Helling, terapeuta da Constelação Sistêmica Familiar, PERTENCER é a primeira necessidade de todo Ser Humano, é a primeira 'Ordem do Amor'. Para diluirmos conflitos interpessoais e emaranhamentos intrapessoais, nos sentirmos pertencendo configura-se como  um fator curador e de manutenção da saúde biopsicosocioafetiva.
    PERTENCER através de uma experiência criativa, potência inerente a música, mesmo com ritmos, melodias, harmonias, instrumentos, movimentos e gestos diversos e não conhecidos, agraga uma diferença qualitativa aos encontros, tornando-os significativos e ampliando a subjetividade e o potencial criativo à resolução de problemas de todos os envolvidos. 


Profa. Dra. Sandra Rocha do Nascimento

Nenhum comentário:

Postar um comentário