A MUSICOTERAPIA
DIMINUINDO FRONTEIRAS ENTRE PESSOAS, LINGUAS, CULTURAS, SENTIMENTOS NO ACOLHIMENTO
INTEGRATIVO NA UFG.
AUTORES:
Nascimento, Sandra Rocha do. (docente. EMAC/UFG.
srochakanda@gmail.com)
Morais, José Gomes de. (graduando. EMAC/UFG. jogofefamojkl@hotmail.com)
PERÍODO DE REALIZAÇÃO
Ação da Coordenadoria de Assuntos Internacionais, em 03/março/2015, na Faculdade de Letras/UFG.
OBJETO DA EXPERIÊNCIA
Estudantes intercambistas de outros países, pelos Programa
Ciência Sem Fronteiras e Graduação Sanduiche, e membros da CAI e da Reitoria da
UFG.
OBJETIVOS
Traçamos como objetivo
favorecer um espaço-tempo de acolhimento e mobilização de sentimentos de
pertencimento, colaboração e responsabilidade relacional nos
participantes. Ampliar a compreensão e percepção das pessoas para a
mensagem de união entre as pessoas e respeito a diversidade cultural.
METODOLOGIA
Convidados para uma
atividade de acolhimento
integrativo, os musicoterapeutas utilizaram a experiência de re-criação musical,
com letra adaptada (parodia) de um trecho adaptado da canção "Comunhão da
Terra"(Marcia Sirqueira), um instrumento musical regional (acordeon) e um
tambor xamânico. Enfocou a atitude de união como habilidade para viver
saudavelmente, em que no final do refrão da canção adaptada cada intercambista
falasse seu nome e seu lugar de origem.
RESULTADOS
A ação estimulou a interação das pessoas,
fazendo-os ouvir a canção e trazerem suas vozes, movimentando-se interna e
externamente, possibilitando que todos ampliassem suas expressões. Favoreceu
que se percebessem presentes, fazendo parte de um coletivo, uma comunidade e se
sentindo confiantes. Nos feedbacks ouvimos:“Realmente não só quebrou o gelo, como também
mostrou a riqueza do Brasil, de nossa bela informalidade e arte, capaz de curar
todas as dores, até mesmo a dor da saudade do viajante”.
ANÁLISE CRÍTICA
Sustentamo-nos na perspectiva posta por
Pellizzari e musicoterapeutas colaboradores da ICCMUS/Argentina, afirmando
que "cada persona precisa
expresarse y ser escuchada" (PELLIZZARI, 2011, p. 49).
Para Bert Helling, PERTENCER
é a primeira necessidade de todo Ser Humano, é a primeira 'Ordem do Amor'. Sentirmo-nos pertencendo configura-se
como um fator curador e mantenedor da saúde biopsicosocioafetiva, diluindo
conflitos interpessoais e emaranhamentos intrapessoais.
CONCLUSÕES E/OU RECOMENDAÇÕES
Acolhendo de forma significativa as pessoas
estrangeiras, para que sintam pertencendo ao contexto, aproxima-as
qualitativamente das pessoas e costumes diferentes. PERTENCER através de uma
experiência criativa como a música (mesmo com ritmos, melodias, harmonias,
instrumentos e gestos não conhecidos), agrega uma diferença positiva aos
encontros, ampliando a subjetividade e o potencial criativo à resolução de
problemas de todos os envolvidos.
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UMA EXPERIÊNCIA DE
HUMANIZAÇÃO EM SAÚDE NA FORMAÇÃO INTEGRALIZADA DO PROFISSIONAL
AUTORES:
Silveira, Nusa de Almeida. (docente vinculada ao ICB/UFG e
ao Programa de Mestrado em Saúde Coletiva. nusa@ufg.br)
Nascimento, Sandra Rocha do. (docente vinculada a EMAC/UFG.
srochakanda@gmail.com)
PERÍODO DE REALIZAÇÃO:
meses de novembro e dezembro de 2013, na Universidade
Federal de Goiás, Goiânia-GO.
OBJETO DA EXPERIÊNCIA
A experiência contou com alunos da 4ª turma do Programa de
Mestrado Profissional em Saúde Coletiva/NESC/UFG e duas professoras doutoras.
OBJETIVOS
A disciplina objetivou capacitar os alunos à percepção da
integralidade das dimensões intra e interpessoais constitutivas dos sujeitos e
compreender a perspectiva integral e sistêmica no cuidado ao outro, em saúde, e
proporcionar experiências musicoterapêuticas de autoconhecimento.
METODOLOGIA:
As aulas iniciavam com experiências musicoterapêuticas para
acolhimento e mobilização dos alunos, seguidas da reflexão dialogada dos
conteúdos e feedbacks autoperceptivos. Para a avaliação utilizou-se de
seminários sobre os temas e textos dados: Humanização da gestão e atenção em
saúde; A escuta sensível na atenção e cuidado em saúde; Autopercepção e
percepção do outro; Perspectiva integradora e sistêmica em Educação e Saúde;
Espiritualidade como instrumento de Humanização do trabalho em Saúde.
RESULTADOS
As expressões dos alunos no início centravam-se em relatos
de dificuldades e problemas, suscitando atitudes de inibição do diálogo,
exclusão do diferente ou fuga de situações de conflito. Com o seguimento das
atividades, a percepção e reflexão direcionada ao outro e a si mesmo ampliaram,
gerando abertura para trocas e indagações sobre mudanças. Nos seminários,
muitos discursos apresentaram a noção da co-autoria de resoluções de conflito
priorizando a reflexão dialogada entre opiniões distintas.
ANÁLISE CRÍTICA
Verificamos que os alunos ampliaram suas auto-reflexões
sobre o campo da saúde, numa interlocução entre os textos, suas experiências
pessoais em aula e nos campos profissionais, desenvolvendo a capacidade de
“saber pensar”(DEMO, 2011), na qual a reflexão sobre as próprias ações é
condição primeira para indagar novas compreensões sobre o já conhecido, fazendo
emergir o “saber cuidar”(op.cit.), que traz a noção de conviver junto com e
tornar-se parte da realidade em que nos encontramos inseridos.
CONCLUSÕES E/OU RECOMENDAÇÕES
A experiência evidenciou a importância de centrar-se na
perspectiva de integração intra e interpessoais, colocando os sujeitos para se
perceberem como Seres Históricos construtores de ações transformadoras, como
bem expresso no discurso de uma aluna: “é um momento essencialmente nosso, onde
temos a chance de refletirmos sobre os nossos comportamentos, o que eles
provocam e que conhecimentos estamos adquirindo, armazenando e trocando com as
pessoas”.